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DEBORAH

COLKER

A inquietação e o gosto pela diversidade não se tornaram uma marca do trabalho Deborah Colker por acaso. Criada entre a solidão do estudo do piano clássico e a prática de um esporte coletivo, o voleibol, a coreógrafa carioca iniciou-se na dança contemporânea como bailarina do Coringa, da uruguaia Graciela Figueiroa, grupo que marcou época no Rio de Janeiro dos anos 1980.

 

Em 1984, a convite de Dina Sfat, atriz de contornos mitológicos na cena teatral brasileira, deu início àquela que seria a principal vertente de sua carreira nos dez anos subsequentes: diretora de movimento – ex- pressão especialmente cunhada para ela pelo encenador Ulysses Cruz para sublinhar a relevância de seu trabalho no resultado final de algumas dezenas de espetáculos de teatro com que colaborou neste período. A rubrica, que acabaria se incorporando ao jargão cênico brasileiro, aplica-se também, e com precisão, ao papel que desempenhou, por exemplo, na criação dos movimentos dos bonecos-cachorros da TV Colosso – um marco na programação televisiva infantil brasileira dos anos 1990.

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Antes ou depois de fundar, em 1994, a companhia que leva seu nome, Deborah Colker imprimiu sua marca ainda em territórios tão distintos quanto o videoclipe, a moda, o cinema, o circo e o show- biz. Inscreveu seu nome, também, na história do maior espetáculo de massa do planeta: o desfile das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, símbolo maior do carnaval carioca, com o qual contribuiu repetidas vezes assinando a coreografia de comissões de frente de grandes agremiações, a exemplo da Mangueira, da Unidos do Viradouro e, mais recentemente, da Imperatriz Leopoldinense.

O dom incomum de extrair de cada corpo seu canal de expressão mais pleno e transformá-lo em um instrumento potente e singular de comunicação, em qualquer dessas linguagens, fez de Debora Colker um personagem ao mesmo tempo múltiplo e único no panorama contemporâneo das artes cênicas.

Largamente reconhecida pela crítica internacional, a excelência de seu trabalho como coreógrafa foi honrada em 2001 com o Laurence Olivier Award na categoria “Oustanding Achievement in Dance” (realização mais notável em dança).

Cinco anos mais tarde, motivava o convite da FIFA para dar vida ao único espetáculo de dança a figurar na grade de atividades culturais da Copa do Mundo 2006, na Alemanha: Maracanã – incorpo- rado mais tarde ao repertório da CIA DEBORAH COLKER sob o título de Dínamo.


Em 2009, assinava a criação do novo espetáculo do Cirque de Soleil – Ovo, uma viagem lúdica pelo mundo dos insetos.

Uma das maiores honras, ser Diretora de Movimento das Olimpíadas do Rio 2016 mostrando um espetáculo visual representativo da energia do povo brasileiro. Espetáculo este que também incluía elementos icônicos de trabalhos dela como coreógrafa.

Em 2021, colocava em cena mais um espetáculo, o Cura, inspirada por sua percepção de que precisava encontrar a cura – a cura do que não tem cura. A obra apresenta de forma profunda e eletrizante a importância de se fazer uma ponte entre a fé e a ciência, entre aceitar e lutar, entre calar e gritar, entre esperar e agir.

No ano seguinte, Deborah inovou mais uma vez e mostrou que seu talento pode ir muito mais além ao fazer sua estreia como diretora de ópera com a obra Anaidamar, na Escócia, sendo amplamente elogiada pelos críticos do país.

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